Mulher que causou tumulto contra a família Pavan pode ter laços com campanha de Peeter e ter mentido sobre trauma de infância

No último sábado (17), ocorreu um incidente durante uma reunião de apoiadores da candidata à prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), no sul do município. Uma mulher protagonizou uma cena de confronto, que foi registrada em vídeo, onde ela é vista confrontando verbalmente Juliana e seu pai, Leonel Pavan.

Nas imagens, a mulher acusa Leonel Pavan de ser responsável pela prisão de seu pai em 1991, durante o período em que ele era prefeito de Balneário Camboriú. A prisão foi ordenada pela justiça em resposta à repressão contra os “broqueiros” da Barra, que na época trabalhavam na extração de pedras, uma atividade que foi considerada crime ambiental, levando a uma ação do Ministério Público que determinou o fim das operações.

A mulher chegou ao local acompanhada de outras pessoas vestindo camisetas com o número 22, e começou a gritar palavras de ordem contra Juliana e Leonel Pavan. Ela alegou que, durante a gestão de Leonel Pavan como prefeito, seu pai, que era “broqueiro” na pedreira da Barra, foi preso. A prisão, segundo ela, teria causado um trauma em sua infância.

A mulher foi identificada como uma ex-servidora contratada da prefeitura de Balneário Camboriú, possivelmente ligada à campanha de Peeter Grando, uma vez que foi vista acompanhando Peeter e Fabrício em um debate realizado no sábado na Rádio Camboriú. Há especulações de que ela tenha sido indicada pelo grupo do atual prefeito para a nova Executiva provisória do partido Republicanos.

O jornal Página 3 publicou na manhã de quinta-feira (22) que a mulher pode ter mentido ao afirmar que o trauma da prisão de seu pai que ocorreu durante sua infância, já que ela teria nascido em 1993, dois anos após o evento.

Peeter Lee Grando, ao ser questionado sobre o episódio, afirmou que sua campanha “não tem nada a ver com o ocorrido” e que a reação da mulher foi espontânea, baseada em um trauma de infância, quando presenciou a prisão de seu pai na década de 90, por trabalhar como “broqueiro” na região sul de Balneário Camboriú.

Juliana Pavan, em entrevista ao Página 3, disse que foi convidada por moradores para um encontro e que seu pai chegou mais tarde, vindo de um evento em Camboriú. Ela lamentou o ocorrido e disse que, até então, sempre foi bem recebida em todos os locais que visitou. Segundo ela, a confusão começou quando estavam prestes a ir embora e a mulher, acompanhada de outras pessoas com camisetas do número 22, começou a causar tumulto.

Leonel Pavan expressou sua indignação com o episódio e disse esperar que este não seja o nível de campanha realizado pelo grupo do governo. Ele destacou que não é candidato a prefeito nestas eleições e que a disputa não conta com sua participação, pedindo que o prefeito em fim de mandato, Fabrício de Oliveira, entenda a importância de uma democracia limpa, sem interferências ou mentiras.

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