O homem, que não demonstrou interesse em ser levado ao hospital, não ofereceu resistência à abordagem. O Samu e a Polícia Militar foram acionados para transportá-lo ao Hospital Misericórdia, na Vila Itoupava, onde foi internado.
As autoridades informaram que o paciente tem um histórico de múltiplas passagens pelas unidades de saúde e assistência social de Blumenau, sem apresentar melhora significativa. Diante dessa situação, a equipe do Consultório na Rua, em conjunto com a Abordagem Social, decidiu pela internação involuntária.
Durante o período de internação, que pode durar até 90 dias, o paciente será acompanhado pelas equipes das secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social para desenvolver um plano de ação pós-alta, visando garantir maior sucesso na intervenção.
A internação involuntária, aprovada há cerca de dois meses em Blumenau, é destinada a pessoas com dependência química ou transtorno mental, independentemente de serem moradores em situação de rua. Esta modalidade de internação é realizada sem o consentimento do paciente, mas deve ser solicitada pela família ou recomendada por profissionais da saúde e assistência social.
Segundo a legislação, a internação involuntária só pode ocorrer com laudo médico e após esgotadas todas as outras possibilidades terapêuticas e recursos extra-hospitalares disponíveis. A duração máxima da internação é de 90 dias, e o procedimento deve ser comunicado ao Ministério Público e à Defensoria Pública.