Jorge Seif, do PL, foi um defensor ativo do projeto, argumentando que a taxa inicial de 20% é apenas um começo. “O imposto de 20% é apenas metade do caminho. Na verdade, segundo os representantes, deveria ser de 45% a 60% do imposto federal”, afirmou Seif, destacando a necessidade de corrigir desequilíbrios comerciais que prejudicam a indústria local.
Seif apontou o impacto das grandes empresas chinesas sobre a indústria brasileira, mencionando práticas que incluem o envio de produtos como remessas pessoais, permitindo que esses produtos escapem das taxas fiscais mais altas aplicadas a produtos comerciais. “Plataformas chinesas estão enviando não só roupas, mas também eletrônicos, medicamentos e vitaminas como se fossem remessas de pessoa física. Isso destrói nossa indústria e nosso comércio”, explicou Seif. O senador também afirmou não acreditar que os senadores iriam “ficar defendendo emprego, renda e dinheiro para chinês”, alegando que são os impostos que pagam “o nosso salário, a infraestrutura, a saúde, o MEC”.
Ele também destacou as consequências econômicas dessas práticas: “Quantos impostos que pagam nossos salários estão sendo perdidos? Com essas remessas, os 50 bilhões de faturamento representaram 35 mil de impostos elididos e cerca de 30 mil empregos foram perdidos desde outubro do ano passado.”
O secretário da Receita Federal, Dr. Robson Barreirinhas, em entrevista recente, revelou que mais de 16 milhões de envios de pessoa física para o Brasil foram identificados, muitos dos quais usaram essa brecha para se beneficiar fiscalmente de maneira inadequada.
A nova legislação busca criar um campo de atuação equilibrado, impondo regras que garantam uma competição justa entre produtos nacionais e importados. “Agora, se quer concorrer no Brasil, tem que ser com normas e regras igualitárias”, concluiu Seif, destacando a necessidade de proteger a robusta indústria têxtil de Santa Catarina, uma das mais importantes do país.