A prisão de Pio foi motivada por denúncias de corrupção feitas por vereadores da oposição, que nunca foram comprovadas. Apesar de inocentado pela Câmara de Vereadores, o caso foi enviado ao Serviço Nacional de Inteligência (SNI) e resultou em sua detenção. Relatórios da Comissão Estadual da Verdade apontam que sua morte foi forjada, com o corpo colocado em uma cena montada para simular suicídio.
A relação de Pio com o ex-presidente João Goulart e as disputas políticas da época são apontadas como razões para sua prisão e morte. Enquanto esteve sob custódia, ele chegou a ser hospitalizado por dores nos rins, mas retornou à cela, onde morreu dias depois. Sua esposa soube da morte pelo rádio, no mesmo dia em que tentava visitá-lo.
Agora, com a correção da certidão de óbito, a família busca uma indenização da União, e o caso se torna um marco na reparação histórica das vítimas da ditadura. A mudança ocorre em meio à repercussão do filme Ainda Estou Aqui, sobre a morte do ex-deputado Rubens Paiva, reforçando a importância de recontar essas histórias com base na verdade.