“Até agora, os modelos meteorológicos não previram essa chuva. Por incrível que pareça, é a primeira vez em 35 anos que vejo um erro tão grosseiro. Não houve qualquer aviso, nem de órgãos oficiais, nem de empresas particulares ou canais online. Foi algo extremamente anômalo”, afirmou Coutinho.
Ele atribuiu o ocorrido à falta de investimentos em tecnologia e coleta de dados. “Falta investimento na área, recursos para rádio sondagem e melhorias nos modelos de previsão. Muitos dirão que isso tem a ver com mudanças climáticas, mas não é o caso. O problema é a falta de dados”, concluiu.
O Governo de Santa Catarina, por sua vez, atribuiu o fenômeno à atuação da circulação marítima, combinada com as características geográficas locais. Esse fenômeno, que traz ventos úmidos do mar, intensificou as chuvas na região do Baixo Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, resultando em precipitações contínuas e fortes.
Diante da situação, a Secretaria de Defesa Civil de Santa Catarina emitiu um Aviso Meteorológico de Observação, alertando para riscos de temporais, alagamentos, enxurradas, quedas de árvores e danos à infraestrutura. As autoridades reforçam que a configuração geográfica da região dificulta a previsão precisa dos volumes de chuva.