Morte de bebê no Ruth Cardoso leva MPSC a abrir três investigações em Balneário Camboriú

A morte de um bebê durante o parto no Hospital Municipal Ruth Cardoso, no dia 25 de abril, levou o Ministério Público de Santa Catarina a abrir novas frentes de investigação. A 6ª Promotoria apura possíveis falhas médicas e a 4ª, conduta irregular de servidores públicos ligados ao atendimento. Ambas solicitaram esclarecimentos à direção do hospital e à prefeitura, com prazo de 15 dias para resposta.

Paralelamente, a 9ª Promotoria já investigava a contratação da empresa fornecedora de médicos ao hospital, suspeita de escalar profissionais sem especialização. As investigações seguem sob sigilo parcial e envolvem apurações nas esferas administrativa, cível, penal e ética. O caso reforça o compromisso do MPSC com a moralidade e a qualidade dos serviços públicos.

RELEMBRE O CASO

Um bebê morreu durante o parto no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, na última sexta-feira, dia 25, gerando revolta entre familiares. A Guarda Municipal foi acionada e orientou o pai a registrar boletim de ocorrência. A Prefeitura afastou cautelarmente o obstetra envolvido e abriu sindicância interna.

Além disso, um laudo técnico está sendo elaborado pelo Serviço de Verificação de Óbito e a empresa médica terceirizada foi notificada a afastar o profissional. A prefeitura afirmou que o caso será analisado por comitês internos e que a rede Alyne deve apresentar parecer técnico em até 72 horas. A família recebeu apoio psicológico.

Exoneração da diretora e novas medidas da Prefeitura

A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, exonerou no dia 29 de abril a diretora do Hospital Ruth Cardoso, Andreza Haddad, após a morte de mais um recém-nascido na unidade. Juliana acompanhou pessoalmente os desdobramentos e determinou transparência total nas apurações, incluindo a disponibilização do prontuário médico à família.

Entre as medidas imediatas adotadas estão: acolhimento psicológico à família, afastamento do médico envolvido, abertura de sindicância, acionamento dos comitês de óbito e ética, envio do caso ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e notificação da empresa terceirizada responsável pelo corpo clínico. Servidores do hospital foram colocados à disposição para prestar depoimentos.
 

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