O principal suspeito, apontado como chefe do esquema, foi preso em seu apartamento de luxo em Itajaí. Segundo o delegado responsável pelo caso, o grupo utilizava embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros para realizar suas operações ilícitas. “Essas embarcações eram usadas tanto para enviar carregamentos de drogas à Europa quanto para trazer haxixe da África para o Brasil”, detalhou.
O segundo suspeito, preso em Florianópolis, era o comandante de uma das embarcações e recentemente havia transportado um carregamento de haxixe da costa africana para o Brasil. A operação também incluiu a execução de mandados de prisão e busca e apreensão em Angra dos Reis, Itapema, Itajaí, Florianópolis e no Rio Grande do Sul, resultando na retenção de imóveis, veículos, embarcações e no bloqueio de contas bancárias.
As ordens judiciais, expedidas pela 22ª Vara Federal de Porto Alegre, fazem parte de uma investigação que descobriu o envolvimento do grupo no transporte de aproximadamente 4,6 toneladas de cocaína destinadas à Europa e 3 toneladas de haxixe que seriam importadas para o Brasil.
Além disso, a Polícia Federal destacou a apreensão anterior de 21 kg de cocaína que haviam sido ocultados no casco de um navio no Porto de Rio Grande, que estava prestes a zarpar para Portugal em fevereiro deste ano.
Os envolvidos na operação poderão enfrentar acusações por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que podem chegar a 33 anos de reclusão. A Operação Hinterland mobilizou um total de 200 agentes da Polícia Federal e 12 servidores da Receita Federal do Brasil, cumprindo 534 ordens judiciais, incluindo 17 mandados de prisão preventiva em múltiplos estados e até na cidade de Assunção, no Paraguai.