Segundo a PF, o esquema tinha conexões com cartéis mexicanos e era responsável pelo envio de grandes quantidades de cocaína para países da América do Sul e Central. O principal alvo da operação foi Ronald Roland, identificado como um líder narcotraficante que coordenava a logística de envio de drogas para diversas nações. Roland já havia sido investigado anteriormente e é suspeito de utilizar uma rede de empresas de fachada para lavar o dinheiro do tráfico, adquirindo imóveis e veículos de luxo e movimentando grandes somas de dinheiro incompatíveis com os capitais sociais das empresas.
A operação “Terra Fértil” envolveu um total de 280 policiais federais e impactou, além de Santa Catarina, os estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás. Foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias.
A operação resultou na apreensão de bens avaliados em cerca de R$ 2,5 bilhões e no bloqueio de contas bancárias dos investigados. As empresas de fachada utilizadas pela rede criminosa eram empregadas para adquirir imóveis e veículos de luxo, além de realizar transações financeiras elevadas incompatíveis com o capital social registrado. Muitas dessas empresas não possuíam funcionários registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e alguns sócios chegaram a receber auxílio emergencial, evidenciando a complexidade e o alcance da fraude.
As investigações continuam, com o objetivo de desarticular completamente a rede criminosa e suas operações ilícitas.