Raquel não era professora, como anunciado inicialmente.
As informações são do jornal DIARINHO
A Polícia Civil de Navegantes aguarda o laudo da Polícia Científica para confirmar o horário das mortes, mas o delegado Gustavo Reis acredita que os assassinatos ocorreram na sexta-feira. Essa conclusão baseia-se no início das investigações, depoimentos de testemunhas e imagens de câmeras de monitoramento. O carro de Carin, um Jeep Renegade, estava estacionado em frente à casa de Raquel desde sexta-feira.
O pescador F.L.K., de 34 anos, foi preso como principal suspeito do duplo assassinato. Ele supostamente mantinha um relacionamento amoroso com Raquel. A polícia investiga um possível triângulo amoroso, pois, segundo uma testemunha, Carin e Raquel também tinham um relacionamento.
Os corpos de Carin e Raquel foram encontrados despidos e em locais diferentes da casa. Raquel estava no quarto e Carin nos fundos da residência. O delegado não acredita que tenha havido violência sexual antes dos assassinatos.
A testemunha C.K., de 35 anos, encontrou os corpos e acionou a polícia. Ele relatou que na quinta-feira passou a madrugada com Raquel. Eles encontraram o pescador em uma conveniência e C. deu carona ao casal até a casa de Raquel. Na sexta-feira, C. novamente encontrou Raquel e o pescador, deu-lhes carona até a casa da família do pescador, mas a mãe de F. não os deixou entrar. Raquel voltou para casa de Uber.
Na manhã de sábado, C. notou o portão da casa de Raquel aberto e o carro de Carin estacionado em frente, mas não quis entrar para não atrapalhar. Às 18h, voltou à casa de Raquel e encontrou novamente o portão aberto e o carro de Carin em frente. Ao entrar, encontrou os corpos de Raquel no quarto e Carin nos fundos. Ele acionou a Polícia Militar.
Com o depoimento da testemunha, a polícia foi até a casa do pescador e o encontrou tomando banho. Os pais de F. confirmaram que ele e Raquel chegaram à casa na sexta-feira, mas não foram autorizados a entrar. A polícia notou cortes recentes no peito de F., que ele alegou serem fruto de um desentendimento entre amigos. Na casa dos pais de F., a polícia encontrou um tênis com marcas de sangue.
Diante das evidências, o delegado solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi autorizada. F. foi preso na madrugada de domingo e não confessou o crime. “As circunstâncias da morte e a motivação do crime ainda não estão claras. A investigação continuará,” informou o delegado Gustavo Reis.
Carin foi sepultada no cemitério Central de Navegantes no domingo. Raquel foi velada e sepultada em Ilhota.