Camboriú Cresce, o Linha Popular Acompanha

Camboriú foi emancipada de Itajaí em 5 de abril de 1884 e desde então cresceu rapidamente, tornando-se uma das cidades mais promissoras de Santa Catarina. Anteriormente, a área que hoje é Balneário Camboriú, mas em 1964, com o crescimento do turismo litorâneo, houve a separação e a criação do novo município. Com população de 113.525 habitantes, segundo o IBGE em 2024, e 232 km² de território, destaca-se pelo comércio, turismo e logística. A economia tem bases na agricultura familiar e no comércio, além do crescimento da construção civil e do setor imobiliário, tornando-se uma das cidades mais procuradas para se viver nos últimos anos.

O turismo é um dos pontos fortes, com trilhas, cachoeiras e o mirante do Caetés. Eventos como o Degusta Camboriú e o Congresso dos Gideões reforçam sua identidade cultural e religiosa. O setor do entretenimento também se destaca, com casas de shows mundialmente famosas, assim agregando ainda mais para a visita de turistas ao município.

Camboriú é uma cidade marcada por sua história vibrante e pela capacidade de abraçar as inovações que chegam até ela. Foi nesse espírito de crescimento e transformação que, em março de 2009, nasceu um projeto que se tornaria referência no jornalismo local, o Linha Popular.

Na época, o jornalista Fernando Assanti, que já era morador da cidade, se uniu a dois colegas da faculdade, Gustavo Zonta e Naiza Comel, que embora não moravam em Camboriú, compartilhavam do mesmo ideal. Eles queriam criar um jornal que falasse com a comunidade e para a comunidade. A ideia começou com o nome Primeira Linha, mas por questões de direitos autorais, precisaram mudar. Após muita reflexão, chegaram ao nome que marcaria época na cidade.

Durante os anos em que Fernando, Gustavo e Naiza estiveram à frente do jornal, o Linha Popular não apenas ganhou espaço como também conquistou reconhecimento estadual. Ficaram em segundo lugar no prêmio da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (ADJORI-SC), um feito que consolidou a qualidade do trabalho jornalístico desenvolvido por eles.

Porém, em junho de 2014, após anos dedicados à menina dos olhos azuis, como carinhosamente chamavam o jornal, os três fundadores decidiram encerrar seu ciclo. O comando foi então passado a Calebe Moreno, que manteve a credibilidade e o compromisso com a verdade por mais três anos, até decidir seguir outro caminho profissional.

Na sequência, o jornal passou por outras mãos. Primeiro com Adriano, e depois com Alexandre Metsger e Tecau, que já trabalhavam juntos e que souberam da venda por Adriano. Não hesitaram em assumir o desafio. A força do jornal sempre esteve em seus nomes. Com o tempo, Alexandre precisou se afastar para assumir novos projetos, deixando o jornal sob os cuidados de Tecau. Foi então que Laura Testoni entrou como sócia, trazendo inovação. Ela implantou a criação de conteúdos em vídeo, tanto para o YouTube quanto para o Facebook, levando o Linha Popular a novos públicos e formatos.

Durante a pandemia de 2020, as edições impressas do jornal diminuíram significativamente, seguindo uma tendência nacional e mundial. Ainda assim, entre 2020 e 2023, o Linha Popular manteve viva sua essência jornalística, mesmo com menos circulação física.

Em 2022, Tecau se despediu da redação e Laura assumiu sozinha a condução do jornal. Pouco tempo depois, novas oportunidades profissionais surgiram e ela decidiu vender o jornal para Alexandre Metsger, fechando assim um ciclo com o retorno de um dos nomes mais comprometidos com a história do veículo.

Cada nome que passou pelo Linha Popular deixou sua marca. Mais do que jornalistas ou empresários, todos carregam um carinho profundo por Camboriú. O jornal é, em essência, um reflexo da cidade. Resiliente, inovador, cheio de histórias emocionantes e movido pelo amor de quem acredita em seu potencial.

E assim como Camboriú, o Linha Popular segue em frente, de mãos dadas com a sua história.

Por: Iran Siqueira

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