Balneário Camboriú lidera percentual de moradores de aluguel no Brasil

Balneário Camboriú, conhecida como a “Dubai brasileira” por seus arranha-céus e o metro quadrado mais caro do país, também se destaca por liderar o percentual de moradores que vivem de aluguel entre as cidades com mais de 100 mil habitantes no Brasil. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 45,2% dos moradores da cidade residiam em imóveis alugados no ano passado. Este percentual coloca Balneário Camboriú no topo do ranking nacional nesse aspecto.

A região também é acompanhada por outras cidades turísticas de Santa Catarina, como Bombinhas (40,4%), Itapema (39,8%) e Porto Belo (39,4%), que aparecem nas 14ª, 15ª e 17ª posições no ranking nacional, respectivamente. Os números contrastam com a média nacional, onde apenas 20,9% da população vive em imóveis alugados. No total, 42,2 milhões de brasileiros residiam em propriedades alugadas em 2022, representando 22,2% dos domicílios particulares permanentes.

Embora o número de domicílios alugados tenha aumentado ao longo das últimas décadas, a maior parte da população brasileira ainda vive em imóveis próprios. Dados do Censo revelam que 72,7% dos brasileiros moravam em residências próprias em 2022, seja com o imóvel já quitado ou ainda financiado. Esse índice é mais alto no Norte do país, onde 72,1% dos moradores possuem imóveis pagos, enquanto o Centro-Oeste lidera em imóveis ainda financiados.

No entanto, a tendência de morar em imóveis próprios tem sofrido alterações ao longo do tempo. O percentual de domicílios próprios atingiu um pico de 76,8% em 2000, mas apresentou um leve declínio nas décadas seguintes, chegando aos 72,7% em 2022. Ainda assim, o índice está acima do registrado em 1980, quando era de 64,6%.

Os números refletem não só o custo elevado de aquisição de imóveis em cidades como Balneário Camboriú, mas também a crescente busca por alternativas de moradia, impulsionada por fatores como mobilidade e mudanças no estilo de vida. As cidades catarinenses em destaque continuam atraindo um público diversificado, mas enfrentam o desafio de equilibrar acessibilidade habitacional e o perfil turístico.

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