O cálculo do salário mínimo leva em conta dois fatores principais: a inflação dos últimos 12 meses e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no biênio anterior. Para 2025, o índice de inflação considerado é de 2,9%, referente ao ano de 2023, além do crescimento do PIB. Com base nesses dados, o aumento do salário será uma combinação desses índices, mas a proposta limita o acréscimo a 2,5% acima da inflação.
A nova fórmula para o reajuste visa equilibrar o aumento do salário mínimo com o controle das finanças públicas. Isso se traduz em um ajuste moderado que impede o aumento do salário de ultrapassar o impacto da inflação somado ao teto de 2,5%. Essa medida tem como objetivo preservar o equilíbrio fiscal do país, sem prejudicar o orçamento federal.
O impacto do reajuste do salário mínimo vai além dos trabalhadores que o recebem diretamente. Ele afeta também benefícios sociais, como pensão, aposentadoria e seguro-desemprego, que têm o valor do salário mínimo como referência. Assim, o aumento proposto busca preservar o poder de compra dos brasileiros sem comprometer a saúde financeira do país.
O salário mínimo de R$ 1.515 afetará aproximadamente 59,3 milhões de brasileiros, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ele é utilizado como base para o pagamento de trabalhadores com carteira assinada, inclusive em áreas sem pisos salariais definidos por convenção coletiva. A definição do valor, que depende da aprovação do Congresso, é um elemento chave para o planejamento econômico do país no próximo ano.