Com apenas 67 policiais e 11 viaturas, Camboriú enfrenta crescente demanda por Guarda Municipal

A cidade de Camboriú, que viu sua população crescer nos últimos anos, também registrou aumento nos índices de ocorrências policiais, principalmente em relação a furtos, tráfico de drogas e violência doméstica. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município teve um crescimento significativo, passando dos 80 mil habitantes em 2020 para mais de 100 mil em 2023, o que pressiona ainda mais os serviços públicos, especialmente a segurança.

Apesar dos esforços da Polícia Militar para garantir a segurança pública, a escassez de policiais em relação à população é uma questão preocupante. Cada policial tem que cuidar de cerca de 1.500 habitantes, o que compromete a capacidade de resposta rápida em emergências. Nos bairros com maiores índices de criminalidade, como Monte Alegre e Areias, a situação se agrava, já que o efetivo disponível nem sempre consegue patrulhar todas as áreas com a frequência necessária.

Em meio a esse cenário, a necessidade de criação de uma Guarda Municipal em Camboriú vem sendo levantada. A Guarda Municipal seria uma força complementar à Polícia Militar, focando especialmente em ações preventivas, patrulhamento ostensivo e na segurança de espaços públicos. Municípios vizinhos, como Balneário Camboriú, que implementaram uma guarda própria, relatam uma melhora significativa na presença policial nas ruas e na redução de pequenos delitos.

A implementação de uma Guarda Municipal em Camboriú não apenas aliviaria a carga sobre a Polícia Militar, mas também permitiria maior proximidade entre os agentes de segurança e a população, reforçando a sensação de segurança e inibindo a criminalidade. Com a expansão contínua da cidade e a demanda crescente por serviços de segurança, esse debate torna-se cada vez mais urgente para garantir a tranquilidade e o bem-estar dos moradores.