Prefeito de Criciúma e mais nove pessoas são presos em operação que investiga concessão de serviços funerários

A administração municipal, quando procurada, afirmou que não havia sido oficialmente notificada sobre o caso. Entretanto, a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o prefeito nega qualquer envolvimento em atividades criminosas, atribuindo as acusações a questões políticas. Salvaro está em seu segundo mandato e, portanto, não pode concorrer à reeleição.

Além de Criciúma, a operação resultou em prisões em outras cidades, incluindo Jaraguá do Sul, no Norte do estado, São José, na Grande Florianópolis, e na própria capital, Florianópolis. A ação faz parte de um desdobramento das investigações que tiveram início em 2023, culminando na Operação “Mercadores da Morte”, que ocorreu no dia 5 de agosto deste ano e incluiu buscas na sede da prefeitura de Criciúma.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelas investigações, denunciou os envolvidos na primeira fase da operação em 26 de agosto, acusando-os de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupção, crimes contra a ordem econômica e economia popular. O grupo investigado é composto por empresários e agentes públicos, e o processo está sendo conduzido sem sigilo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

Os detidos foram submetidos a exames de corpo de delito e encaminhados ao sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia. Em um vídeo divulgado logo após sua prisão, Salvaro reiterou sua inocência, afirmando que “não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada que possa me incriminar”.

O que disse a prefeitura
A Administração Pública do Município de Criciúma, por meio da Procuradoria-Geral, informa que, até o presente momento, não foi comunicada oficialmente acerca dos fatos veiculados na mídia em geral, envolvendo o Prefeito Clésio Salvaro.

Reforçamos que todos os serviços públicos municipais permanecem sendo prestados normalmente.