A pesquisa utiliza uma metodologia internacional e considera 52 indicadores de órgãos oficiais e de institutos de pesquisa. São avaliados fatores como necessidades humanas básicas (alimentação, água potável, moradia e segurança pessoal) e bem-estar (acesso à educação básica e superior, saúde e qualidade do meio ambiente).
Além disso, o estudo avalia as oportunidades oferecidas aos indivíduos para alcançar seu pleno potencial, considerando direitos individuais, liberdade pessoal e de escolha, tolerância e inclusão, e acesso à educação superior. Cada uma dessas dimensões é composta por quatro componentes, que são formados por indicadores com diferentes pesos.
No ranking dos estados, São Paulo ficou em primeiro lugar, seguido por Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. As três últimas colocações foram ocupadas por estados do Norte: Rondônia, Acre e Pará.
Santa Catarina também se destacou no ranking das capitais, com Florianópolis em quarto lugar. O primeiro lugar ficou com Brasília (DF), seguida por Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). Luzerna, localizada no Meio-Oeste catarinense, ficou em 12º lugar na lista dos melhores municípios, com uma população de 5.794 habitantes, de acordo com o levantamento de 2022 do IBGE.
O estudo revelou que nem sempre a cidade com maior renda apresenta a melhor qualidade de vida. Por exemplo, Gavião Peixoto, com uma população de apenas 4,7 mil pessoas, obteve o melhor resultado devido à presença de um importante polo aeroespacial da Embraer. Em contraste, Uiramutã, no extremo norte de Roraima, que tem a maior proporção de população indígena no Brasil, obteve a pior nota, refletindo os serviços precários do núcleo urbano.
O levantamento também destacou que o interior de São Paulo predomina nas melhores colocações, enquanto a Amazônia apresenta os piores índices, especialmente em cidades com economia baseada na exploração predatória e muitas vezes ilegal de recursos naturais.
Pontuação IPS Brasil dos estados
- São Paulo – 66,25
- Santa Catarina – 64,24
- Paraná – 63,49
- Minas Gerais – 63,11
- Goiás – 62,79
- Rio Grande do Sul – 62,28
- Rio de Janeiro – 62,11
- Mato Grosso do Sul – 61,35
- Espírito Santo – 61,21
- Sergipe – 61,20
- Mato Grosso – 60,14
- Paraíba – 60,08
- Ceará – 59,71
- Rio Grande do Norte – 59,52
- Piauí – 59,31
- Pernambuco – 59,22
- Tocantins – 58,23
- Bahia – 57,84
- Amazonas – 57,83
- Alagoas – 57,42
- Roraima – 56,83
- Amapá – 55,76
- Maranhão – 55,72
- Rondônia – 55,67
- Acre – 55,31
- Pará – 53,20