Segundo o documento, a perda de dirigibilidade ocorreu logo após o condutor passar por um redutor de velocidade. As imagens do videomonitoramento mostram o caminhão trafegando a 57 km/h, dentro do limite permitido na via, que é de 60 km/h, no sentido Porto Alegre. No entanto, o cronotacógrafo do veículo, que poderia fornecer mais detalhes sobre a condução, foi destruído pelo incêndio e não pôde ser periciado.
“A perda de controle indica que, em algum momento, o condutor não conseguiu manter a dirigibilidade do veículo. Isso pode ter ocorrido por defeito na via, no caminhão ou até por imprudência do motorista” explicou Carlos Possamai, perito da PRF/SC.
A perícia também identificou que o caminhoneiro transportava uma passageira não autorizada, em desacordo com normas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para transporte de produtos perigosos. O caminhão estava carregado com álcool etílico, substância altamente inflamável, o que agravou as consequências do acidente.
O motorista e a passageira foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul de Palhoça e, posteriormente, transferidos ao Hospital Regional de São José. O teste do bafômetro realizado no condutor deu negativo para ingestão de álcool.
Outro fator que contribuiu para a gravidade da ocorrência foi um congestionamento causado por um acidente anterior, cerca de um quilômetro antes do local da explosão. Os 21 automóveis e três carretas atingidos estavam parados no trânsito no momento da colisão. As chamas se espalharam rapidamente, destruindo os veículos – alguns só puderam ser identificados após o resfriamento.
Os veículos foram retirados da pista e posicionados na faixa de domínio da rodovia até serem removidos pelos proprietários ou encaminhados ao pátio da PRF. As vítimas do acidente têm direito ao Seguro DPVAT.
A PRF ainda deve concluir, em até dois meses, novos estudos técnicos sobre as condições da rodovia e da estrutura do caminhão envolvido. A ocorrência contou com a atuação de diversas instituições, incluindo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, SAMU, Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria de Obras de Palhoça e a empresa AMBIPAR.