Caso Navegantes: Polícia Civil confirma sinais de resistência no local onde as duas mulheres foram mortas

A Polícia Civil de Navegantes confirmou a presença de sinais de resistência no local onde Carin Salomão e Raquel Hostin foram brutalmente assassinadas a facadas neste sábado, 22. As duas mulheres foram vítimas de um duplo homicídio, e o principal suspeito é um amigo de Raquel, cuja conexão com o crime ainda está sendo detalhadamente investigada.

O delegado Roney Péricles, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Itajaí, assumiu a condução das investigações. Após a audiência de custódia, o pescador F.L.K. foi transferido para o Complexo Penitenciário da Canhanduba. F.L.K. é apontado como o principal suspeito do crime devido às roupas sujas de sangue encontradas, imagens de câmeras de monitoramento incriminadoras e depoimentos de testemunhas.

O delegado descartou, por enquanto, os rumores de que F.L.K. teria matado as mulheres com a ajuda de outras pessoas ou que existisse um triângulo amoroso entre as vítimas. Em depoimento, F.L.K. negou todas as acusações. “Ele negou os fatos, mas apresentou um álibi que foi desmontado. Também foi apreendida a roupa que ele estava usando, com manchas de sangue. Estamos aguardando o laudo para confirmar de quem era o sangue”, destacou o delegado.

O delegado Péricles aguarda o laudo da necropsia para determinar há quanto tempo Raquel e Carin estavam mortas e quantos golpes de faca receberam.

Defesa
Vanessa Alves, advogada de defesa de F.L.K., confirmou que seu cliente esteve na casa de Raquel antes do duplo homicídio, mas negou que ele seja o assassino. “Ele diz que esteve com Raquel, e que beberam juntos na sexta-feira. Saíram para outro bar e, no meio da tarde, foram até a residência dele para pegar o carro, mas os pais dele não deixaram porque ele estava bêbado. Assim, Raquel chamou um Uber e foi para casa”, explicou a defensora.

“Combinaram de se encontrar mais tarde. Ele foi até a casa dela, onde havia mais algumas pessoas. Ele disse que ficou pouco tempo com ela, que tiveram relação consensual e em seguida ele saiu”, acrescentou.

Sobre as manchas de sangue na roupa de seu cliente e os cortes no peito do suspeito, a advogada afirmou que essas informações são especulações e que não constam no inquérito. “Ele se defendeu em uma briga, que inclusive tem testemunhas, e a Polícia Militar foi acionada no local da briga”, afirmou.

Ameaça
A família de F.L.K., de 34 anos, procurou o jornal DIARINHO para relatar que está recebendo ameaças de morte desde que o crime veio a público. “A nossa família está sendo ameaçada de morte. A ex-esposa dele está recebendo ligações anônimas, ameaçando matar os filhos dele, que são crianças”, contou a irmã do acusado. Ela informou que a ex-esposa e os filhos de cinco, sete e nove anos, além do pai e da mãe de F.L.K., estão com medo das ameaças.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.