De acordo com o delegado Roney Péricles, o comportamento do jovem durante as investigações levantou suspeitas iniciais. “Logo no primeiro contato, ele fez questão de mostrar espontaneamente a conversa que teve com a mãe naquela madrugada, algo que chamou atenção, pois o conteúdo das mensagens não trazia nada de relevante para a investigação”, explicou.
A dinâmica do crime também foi detalhada. Segundo o delegado, os executores entraram na residência de forma atípica, utilizando o controle remoto do portão eletrônico, cerca de duas horas antes da chegada do casal. Após a entrada das vítimas, os suspeitos permaneceram na casa por mais uma hora antes de cometerem o crime.
Uma peça-chave para identificar o envolvimento do filho foi a análise de imagens de câmeras de segurança. As gravações mostraram uma motocicleta estacionada a aproximadamente dois quilômetros da residência das vítimas. O veículo foi rastreado e acabou levando os investigadores à casa do principal suspeito.
A motivação inicial, segundo a Polícia Civil, seria o interesse na herança do casal, incluindo o controle da empresa e dos bens familiares. “A sucessão de bens foi o principal motivo que impulsionou o planejamento e execução do crime”, destacou o delegado.
Os acusados devem responder por homicídio qualificado, com agravante de motivo torpe. O caso segue em investigação para apurar possíveis cúmplices e esclarecer todos os detalhes do crime.