Governo descarta retorno do horário de verão em 2024, mas reavalia medida para o próximo ano

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o governo federal não retomará o horário de verão em 2024, mas a medida poderá ser reavaliada no próximo ano.

O ministro apresentou um parecer técnico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, que tomou a decisão final. De acordo com os especialistas da pasta, com o retorno do período chuvoso, os reservatórios estarão suficientemente abastecidos para garantir a geração de energia nas hidrelétricas, sem necessidade de ajustes no fuso horário para economizar energia.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) havia apresentado dados complementares na terça-feira (15), recomendando a mudança de horário como forma de economia financeira, que poderia chegar a R$ 400 milhões em 2024. No entanto, o ministro Silveira já havia afirmado que o horário de verão só seria retomado se fosse imprescindível, e classificou o fim da medida em 2019, decretado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como “irresponsável”.

A discussão sobre o retorno do horário de verão ganhou força devido à forte estiagem que o Brasil enfrenta, considerada a mais severa dos últimos 74 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Desde setembro, o governo federal vinha avaliando a possibilidade de reintroduzir a medida para aliviar o consumo de energia, mas optou por não fazê-lo neste momento.

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