Supermercado de SC terá que pagar pensão para filho de homem morto por funcionário

A 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu que um supermercado terá de indenizar e pagar pensão ao filho menor de idade de uma vítima de homicídio, morta em 2019 após discussão com um funcionário dentro das instalações da empresa, em Camboriú.

A mãe do menor o representou ao entrar com ação de indenização por ato ilícito contra o supermercado, onde pediu reparação por danos morais e a condenação da empresa ao pagamento de pensão mensal vitalícia ao filho.

Imagem ilustrativa mostra carrinho em corredor de supermercado

Discussão que resultou em homicídio  – Foto: Freepik/Mr.Nuttapong Bangnimnoi/ND

A empresa argumentou que a discussão entre os homens ocorreu por motivos de cunho pessoal e sem nenhuma ligação com as atividades por ele exercidas no supermercado.

O pedido chegou a ser negado em 1ª instância, mas a representação do filho recorreu da sentença. Sustentou que o funcionário trabalhava na função de fiscal de prevenção de perdas das 13h às 17h e das 18h30 às 21h50. Ou seja, na hora em que ocorreu o crime (20h), estava em seu horário de trabalho.

Supermercado foi responsabilizado e terá que pagar pensão

O desembargador relator do apelo apontou que a relação jurídica entre a vítima e o empregado do estabelecimento aconteceu durante o exercício do trabalho, já que a vítima era frequentadora assídua do supermercado.

A empresa foi condenada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 25 mil. Além disso, por ser gerador financeiro do orçamento familiar, uma pensão alimentícia mensal foi estipulada em um terço de um salário mínimo, que deverá ser paga a partir da data do ocorrido até o menor completar 24 anos de idade.

Relembre o crime

O relatório do desembargador destaca que a desavença entre os dois já era conhecida, pois a vítima teria cometido tentativas de furto de produtos no supermercado, enquanto o segurança teria agido para contê-las.

O homicídio ocorreu em agosto de 2019 em Camboriú. Na época, a PM informou que o segurança do estabelecimento teria se desentendido com a vítima, que levou um golpe de faca no peito e acabou morrendo no local. O processo corre em segredo de Justiça.

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